Em 2019, tivemos a oportunidade de colaborar no projeto RePangeia, uma experiência imersiva em realidade virtual, desenvolvida em parceria com o estúdio WeSense, o Museu do Amanhã e a Intel. Desde a concepção artística e tecnológica até a produção, participei ativamente no processo criativo e de desenvolvimento, auxiliando na elaboração do storyboard, criação de cenas, registro volumétrico e desenvolvimento do software Unity.
RePangeia é uma experiência tecnoxamânica de realidade virtual que convida os participantes a refletir sobre nossa relação com a Terra e entre nós. Inspirada no conceito do supercontinente Pangeia, a experiência foi desenvolvida em colaboração com tribos amazônicas do norte do Brasil, como os Tikuna e Tupinambá, compartilhando seus conhecimentos ancestrais.
Utilizando tecnologia volumétrica pioneira e processamento da Intel, RePangeia permite que várias pessoas se conectem simultaneamente em um ambiente etéreo danificado. Guiados por um xamã virtual, os jogadores participam de um ritual de dança para restaurar a saúde do ambiente e unir terras distantes, refletindo a interdependência entre a humanidade e a natureza.
A experiência, exposta no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, também foi pioneira em acessibilidade, contando com modos de descrição em áudio para pessoas com limitações visuais e linguagem de sinais para pessoas com limitações auditivas.
Neste projeto, fui responsável pela concepção, design de experiência, registro, som e narrativa, trabalhando ao lado de uma equipe multidisciplinar de profissionais e consultores indígenas. RePangeia foi uma oportunidade única de combinar arte, tecnologia e consciência ambiental, criando uma experiência inovadora e envolvente que desafia nossa percepção do mundo e de nós mesmos.
